O problema de quem dança, e eu me incluo nesse grupo, é que quando a gente escuta uma musica a parte do nosso cérebro que ativa é a da dança e não a da musica. Automaticamente criamos imagens de dança ao escutar uma musica e acabamos por conhece-la através da nossa "dancidade". Parece que é a nossa dança quem nos mostra como é a musica que estamos escutando.
Estou no processo inverso. Não quero ouvir a dança. Quero ouvir o quem tem de ser ouvido, quero dançar o que tiver de ser dançado. Quero me emocionar com uma dança e também quero faze-lo com a musica, mas sem que eles dependam entre si.
O musica "O Surdo" de Alcione, segunda faixa do primeiro disco da diva, é a prova. Se escutada com os ouvidos de quem dança é so mais um samba de aulas de dança. Escutando somente a canção por ela mesma, da forma mais bruta possivel, é de chorar. Arrepio-me ao escrever.
Desfrutem e permitam-se a escutar com novos ouvidos.
"Amigo, que ironia dessa vida..."
ResponderEliminarrecordar é viver!
Voltar e olhar com estranhamento todas as ruas as cores da nossa ilha. Essa é a melhor parte de voltar: reconhecer nossa terra. Nossa língua, entender sua complexidade, todos os "ãos", todos os sóis, toda essa gente!
E mesmo pra música, distância é preciso. Voltemos à nossa velha Alcione pra entender o que ela implorava em nos dizer